No último domingo, dia 15 de setembro de 2024, o Grupo de Moçambique de São Benedito de Lorena marcou presença no 2º Encontro de Mestres e Mestras de Moçambique e Congada, realizado na cidade de Lagoinha-SP. O evento reuniu representantes de diferentes grupos do Vale do Paraíba, como Taubaté, Pindamonhangaba e Redenção, proporcionando um importante espaço para o fortalecimento das tradições afro-brasileiras e a preservação das manifestações culturais da região.
Mestra Guiomar Pires da Silva, uma das lideranças presentes no encontro, destacou a importância desse momento de integração e troca de saberes: “Esse encontro é o segundo encontro de mestres e mestras de Moçambique e Congada. É um encontro dos grupos do Vale, com o pessoal de Taubaté, Pinda, Redenção, todos os mestres se encontram nesse dia. Lá é realizada uma roda de conversa, onde cada um compartilha a sua trajetória, conta a sua história, como chegou ao Moçambique ou à Congada, e o que faz. Toca-se junto, canta-se junto, um encontro de cultura, assim, bem especial”, ressaltou.
Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de compartilhar suas experiências, apresentando suas histórias de vida e as particularidades de suas tradições. Em um dos momentos mais marcantes, o encontro contou com a presença de um ilustre representante: um mestre de 90 anos, sobrinho do icônico Marechalzinho de Cunha-SP, que encantou a todos ao cantar e dançar, mantendo viva a energia e o espírito da cultura popular.
Mestre Bira, Mestre Gerônimo, Ronaldo e o Miguel
Esse tipo de evento não só promove a troca de saberes e o fortalecimento das tradições culturais, mas também assegura que as novas gerações tenham contato com a riqueza das manifestações afro-brasileiras, como o Moçambique e a Congada. A participação do Grupo de Moçambique de São Benedito de Lorena demonstra o compromisso com a valorização e a preservação de um patrimônio imaterial fundamental para a identidade cultural do Vale do Paraíba.
Mestres presentes no encontro
Ao final do encontro, ficou o sentimento de união e de pertencimento entre os participantes, reforçando a importância de manter viva a memória e a herança cultural dos antepassados. "É o segundo ano que acontece esse encontro, e já se tornou um espaço importante de troca e celebração. O objetivo é continuar fortalecendo esses laços e assegurando que o Moçambique e a Congada permaneçam vivos nas comunidades", finalizou Mestra Guiomar.
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